Gostaria de
dividir com vocês a experiência com o pão de fermentação natural em minha família.
Venho de uma família
com antepassados vindos da Itália. Tanto pelo lado materno como pelo paterno,
meus bisavós e tataravós vieram para o Brasil “fazer a América”. Refugiados ou não,
trouxeram além dos poucos bens, uma grande bagagem cultural, muito rica, e dentre
seus usos e costumes o pão foi um deles.
Quando eu era
pequena e ia para a “colônia” (assim chamávamos a região de Faxinal do Soturno,
Nova Palma, onde hoje, modernamente, chama-se de Quarta Colônia), o café da
manhã na casa de meus avós paternos era um banquete. Lembro muito bem do pão,
bem grande e alto, cujas fatias precisavam ser cortadas ao meio para que minhas
pequenas mãos pudessem agarrar. Era o milenar pão de fermentação natural, que
junto do queijo, de aroma e sabor bem forte, fizeram parte das recordações da minha
infância na casa da “Nona”.
Já pela parte
materna, a presença do pão também foi bastante forte e até hoje minhas tias
fazem, e de onde veio o meu fermento.
Minha “Vózinha”
fazia as “bimbas” e eu a ajuda. Era um rolinho de massa que dávamos um nó,
fazendo parecer um caramujinho. Ficava grande depois de assado, claro, e essa
era o motivo de minha ansiedade: ver que tamanho iria ficar.
Minhas tias só
comem esse pão, até hoje. Adoro pão de qualquer jeito, os feitos com fermento
seco ou fresco gosto bastante. O problema é a azia, principalmente quando o pão
é comido quente.
Meu pai faz a
dieta do mediterrâneo desde que soube de seus problemas de hipertensão e obstrução
da artéria, e sempre que comia qualquer tipo de pão, inclusive o mais simples,
o pão francês, ele sempre reclamava que sentia os dedos das mãos inchados e,
por isso, diminuiu ou quase retirou o pão da dieta diária. Mas um único pão não
provocava esses sintomas: o pão de fermentação natural.
Hoje faço o pão
e congelo. Sempre que posso, mando ou levo para meu pai e ele sempre comenta
que esse pão ele pode comer.
Não sei por
que isso acontece, mas apesar de ir ovos (geralmente da fazenda), banha ou
azeite de oliva, ele é um pão que alimenta e de fácil digestão. Sem falar que
tem uma durabilidade maior.
Toda semana
tenho feito pão caseiro. E aqui no blog vocês podem conhecê-lo.
Hoje começo o
fermento para assar amanhã!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Que bom que você visitou o blog.
Volte sempre que quiser,
Abraço
Viviane