Hoje participei de mais um curso com a professora Monica, representante dos
chocolates Barry Callebaut. Indescritível o sabor de esse chocolate belga com tradição de mais
de 150 anos. Só posso recomendar!
A professora
nos contou sobre a certificação desse chocolate: o símbolo K desenhado na
embalagem. (Esqueci de fotografar!) Significa que esse chocolate pode ser
consumido por judeus, pois está de acordo com seus costumes. Veja a descrição abaixo:
O Certificado kosher é um documento emitido
para atestar que os produtos fabricados por uma determinada empresa obedecem as
normas específicas que regem a dieta judaica ortodoxa. Ele é mundialmente
reconhecido e atribuído como sinônimo de controle máximo de qualidade.
O processo de emissão para um Certificado Kosher depende da colaboração e total
transparência nas informações que serão permutadas entre ambas: a empresa que
fabrica o produto e a entidade judaica que emitirá o documento.
Na
primeira etapa deste procedimento, uma pesquisa minuciosa é realizada para
levantamento de dados sobre os ingredientes que compõem os produtos
(componentes, fluxograma e lista de fornecedores), bem como o processo de
fabricação empregado (sistema de caldeiras, vapor, planta da fábrica, etc).
Esta pesquisa é realizada via fax, fone e/ou e-mail, onde todas as informações
obtidas vão sendo preenchidas e documentadas, em caráter sigiloso, pelo
departamento de cashrut responsável pela pesquisa e, se tudo estiver de acordo,
com a provável emissão do certificado.
Na
segunda etapa, após ter sido constatado que o produto (ou produtos) em questão
preenchem as normas da dieta casher, é agendada uma visita de um rabino
ortodoxo à fábrica, para que o produto possa ser aprovado. Sem a avaliação de
um rabino ortodoxo, perito neste assunto, um Certificado kosher jamais poderá
ser emitido.
O
rabino deverá ser acompanhado na fábrica por uma pessoa que responda por todos
os detalhes no processo de fabricação. Geralmente esta tarefa é realizada pelo
gerente de produção ou gerente de qualidade. Inclusive deve possuir uma ampla
visão do planejamento estratégico da empresa (previsão de lançamento de novos
produtos e seus prazos, planejamento de testes de outros produtos em
determinada linha de produção, se já houve, há ou haverá tercerização de alguns
produtos dentro e/ou fora da empresa, etc).
Os
produtos continuarão sendo acompanhados periodicamente para que continuem a
preencher todos os requisitos que o tornam apto para o recebimento de certificado
Kosher.
O mesmo possui validade internacional de um ano, a vigorar a partir da data na
qual é emitido, e poderá ser renovado ao final deste prazo, mediante nova
visita do rabino à fábrica.
Um ponto fundamental
que deve ser salientado é uma relação de total transparência que deve ser
mantida entre a empresa fabricante e a entidade judaica que aprova o consumo de
seu produto para a comunidade judaica. No caso de haver qualquer alteração dos
ingredientes ou no processo de fabricação, estes deverão ser imediatamente
comunicados ao departamento de cashrut responsável, sob pena de perda de
confiabilidade e anulação do certificado.
Embora você não
seja judeu, percebe o rigoroso controle que este produto passa? Tem que ter
qualidade, né?
Todos
os produtos são bons, mas o chocolate branco é o melhor que já comi, sem
exageros. E não é caro (em torno de R$15,00 a barra de 1Kg), já que a empresa
planta seu próprio cacau aqui no Brasil e fabrica seu chocolate. SICAO é a marca Premium da Barry
Callebaut no Brasil.
Aprendemos
a fazer uma panacota de chocolate branco com calda de maracujá, trufas
tradicionais e pop cakes. As particularidades dos produtos me encantam. Tem muitos
segredos que fazem toda a diferença no produto final, e isso se aprende com
chefs, não adianta! Como eu sempre falo, dicas e diquinhas!