quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dia de Pão Caseiro


Gostaria de dividir com vocês a experiência com o pão de fermentação natural em minha família.
Venho de uma família com antepassados vindos da Itália. Tanto pelo lado materno como pelo paterno, meus bisavós e tataravós vieram para o Brasil “fazer a América”. Refugiados ou não, trouxeram além dos poucos bens, uma grande bagagem cultural, muito rica, e dentre seus usos e costumes o pão foi um deles.
Quando eu era pequena e ia para a “colônia” (assim chamávamos a região de Faxinal do Soturno, Nova Palma, onde hoje, modernamente, chama-se de Quarta Colônia), o café da manhã na casa de meus avós paternos era um banquete. Lembro muito bem do pão, bem grande e alto, cujas fatias precisavam ser cortadas ao meio para que minhas pequenas mãos pudessem agarrar. Era o milenar pão de fermentação natural, que junto do queijo, de aroma e sabor bem forte, fizeram parte das recordações da minha infância na casa da “Nona”.
Já pela parte materna, a presença do pão também foi bastante forte e até hoje minhas tias fazem, e de onde veio o meu fermento.
Minha “Vózinha” fazia as “bimbas” e eu a ajuda. Era um rolinho de massa que dávamos um nó, fazendo parecer um caramujinho. Ficava grande depois de assado, claro, e essa era o motivo de minha ansiedade: ver que tamanho iria ficar.
Minhas tias só comem esse pão, até hoje. Adoro pão de qualquer jeito, os feitos com fermento seco ou fresco gosto bastante. O problema é a azia, principalmente quando o pão é comido quente.
Meu pai faz a dieta do mediterrâneo desde que soube de seus problemas de hipertensão e obstrução da artéria, e sempre que comia qualquer tipo de pão, inclusive o mais simples, o pão francês, ele sempre reclamava que sentia os dedos das mãos inchados e, por isso, diminuiu ou quase retirou o pão da dieta diária. Mas um único pão não provocava esses sintomas: o pão de fermentação natural.
Hoje faço o pão e congelo. Sempre que posso, mando ou levo para meu pai e ele sempre comenta que esse pão ele pode comer.
Não sei por que isso acontece, mas apesar de ir ovos (geralmente da fazenda), banha ou azeite de oliva, ele é um pão que alimenta e de fácil digestão. Sem falar que tem uma durabilidade maior.
Toda semana tenho feito pão caseiro. E aqui no blog vocês podem conhecê-lo.
Hoje começo o fermento para assar amanhã!


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Viviane